terça-feira, 24 de abril de 2007

DIÁRIO INTERMITENTE - IV

Vou outra vez à Fnac para ver como está situado o meu livro. Já ganhou galões. Passou da prateleira de baixo para a prateleira de cima. Está agora bem exposto, e à vista e também sobre a mesa.
Tenho a certeza que este livro se vai vender bem, ultrapassando todas as expectativas. O que é preciso é que os jovens falem nele, o resto é comigo. A minha literatura com osso continua a propor à juventude o caminho do prazer, do desejo, do riso e da alegria, do sexo...O que é preciso é que o descubram nas prateleiras, nas bocas dos amigos, digo eu aos estorninhos.

terça-feira, 17 de abril de 2007

DIÁRIO INTERMITENTE - III

Cruzo no Largo do Camões um grupo de jovens que desce para o Chiado. Um deles olha-me e lança-me : « Já li o seu livro. Parabéns ! »
Não tenho tempo de lhe responder, um mendigo pede-me dinheiro para uma sopa.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

DIÁRIO INTERMITENTE - II

No Fundão, José Luís Peixoto ao apresentar “ O Sol da Meia- Noite “na biblioteca Eugénio de Andrade diz que o meu livro regurgita de bebidas e comidas.
É verdade. Mas não é esse o necessário prelúdio a todos os jogos e vertigens do amor ? A bebida não é o aperitivo da morte ? E o digestivo da ressurreição pós- copular ? E a antecâmara da alegria mais viva ?
Bebi sempre antes de foder e isso resultou sempre. Ver o meu livro “ Coisas do Vinho “...