quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

CARTA IV

Juventude quase perdida, no fundo o que eu exijo de ti é revolta!
Isto é, ver o mar por detrás das torres das Amoreiras!
Ou simplesmente : meter partículas de realce na vida agafonhada que transmite o sarampo Belmiro!
Ou ainda melhor: introduzir em cada minuto de sol a gota miraculosa de orvalho que é apanágio das manhãs de inverno e que para o poeta é ao mesmo tempo esperma dos puros e molhadela vaginal da moçona excitada de Santo António dos Cavaleiros!
E no final : curtir a morte como se fosse outra cena qualquer!
Já compreenderam: não sou pelo totalitarismo da juventude mas pelo individualismo da juventude!

E contra a tua catividade!

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